Química Nossa de Cada Dia
segunda-feira, 15 de julho de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
- ÉMILE DURKHEIM – o pai da sociologia da educação
Émile Durkheim acreditava que a
construção do ser social – feita em boa parte pela educação – é a absorção
feita pelo indivíduo de uma série normas e princípios (morais, religiosos,
éticos, etc.) que determinam o seu comportamento na sociedade. A educação,
segundo o sociólogo, era considerada um fato social; pelo qual o individuo era
coagido, a fim de integrar-se ao sistema social do meio em que vive, conhecendo
suas origens e sua interdependência. Mas, para isso, o indivíduo precisava ir à
escola, para internalizar conhecimentos.
Para Durkheim, a criança quando é
orientada por um professor bem instruído, preparado e dominador das
circunstâncias, consegue assimilar melhor os conhecimentos.
- MARIA
MONTESSORI – médica e educadora que
valorizou o aluno
Para Montessori, o aluno, é um ser dotado de
individualidade, atividade e liberdade, sendo dessa forma o sujeito e o objeto
no processo de ensino-aprendizagem. Ela não era adepta das salas de aula
tradicionais, onde as crianças pareciam ficar presas no mesmo lugar. A médica, acreditava
que as crianças aprendiam melhor ficam espalhadas sozinhas, ou em pequenos
grupos com os professores junto a elas, observando e auxiliando no que fosse
preciso.
O método de aprendizagem criado por Maria
Montessori baseia-se do concreto para o abstrato, onde as crianças, utilizando
a observação, podem descobrir e procurar novos conhecimentos. Logo, a médica
italiana elaborou uma enorme quantidade de jogos e materiais pedagógicos que
são utilizados, ainda hoje, com pequenas variações, por milhares de escolas de
educação infantil do mundo inteiro.
- JEAN PIAGET – o
pai da epistemologia genética
O biólogo Jean Piaget aprofundou seus estudos
na observação científica rigorosa do processo de aquisição de conhecimento pelo
ser humano, particularmente a criança.
Considerado o pai da epistemologia genética,
Piaget estudou as concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física,
movimento e velocidade, pregando sua teoria do conhecimento centrada no
desenvolvimento natural da criança.
Para este cientista suíço, o conhecimento se
dá por descobertas que a própria criança faz, sendo assim, a sua teoria baseava
na corrente construtivista, no qual o aluno constrói seu aprendizado, e para
Piaget o ato de educar, é “provocar a atividade”, ou seja, estimular a procura
do conhecimento.
Segundo
Jean Piaget, existe quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O
primeiro é o estágio sensório-motor (do nascimento até os 2 anos de idade),
nessa fase as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos
básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. O segundo é o estágio
pré-operacional (de 2 a 7 anos) que se caracteriza pelo surgimento da
capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo através de
símbolos. O estágio das operações concretas (dos 7 aos 11 ou 12 anos),
refere-se a aquisição da noção de reversibilidade das ações, a criança já
consegue dominar conceitos de tempo e de número. E por fim o quarto estágio que
é o das operações formais (dos 12 anos em diante), que marca o início da idade
adulta em termos cognitivos, o adolescente passa a ter domínio do pensamento
lógico e dedutivo.
Por fim,
a obra de Jean Piaget, nos leva à conclusão de que o ato de educar crianças não
se refere à transmissão de conteúdos, e sim favorecer a atividade mental do
aluno, e seus estudos, ajudam os professores a tornar mais eficientes seus
trabalhos.
- LEV VYGOTSKY – o
teórico do ensino como processo social.
Vygotsky usou a dialética marxista para sua
teoria de aprendizado, mas sua análise da importância da esfera social no
desenvolvimento intelectual era criticada por não se basear na luta de classes,
como se tornara obrigatório na produção cientifica soviética.
Aos educadores interessa em particular os
estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel
preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente
pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo
ou sociointeracionismo.
Surge da ênfase no social uma oposição teórica
em relação ao biológico de Jean Piaget, que também se dedicou ao tema da
evolução da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a
conclusões que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos
interpessoais. Vygotsky, que, embora discordasse de Piaget, admirava seu
trabalho.
Para Vygotsky, a formação se dá numa relação
dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor – ou seja, o homem modifica
o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é possível de muita
generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada
pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente
significativa.
Segundo Vygotsky, apenas as funções
psicológicas elementares se caracterizam como reflexos. Os processos
psicológicos mais complexos (consciência e o discernimento) – ou funções
psicológicas que diferenciam os humanos dos outros animais – só se formam e se
desenvolvem pelo aprendizado.
Outro conceito-chave de Vygotsky é a mediação.
Todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e
do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros
pensadores da educação, para quem cabe à escola, facilitar um processo que só
pode ser conduzido pelo próprio aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o
primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações
deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a
criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.
- PAULO FREIRE – o
mentor da educação para o consciência: o mais célebre educador brasileiro.
Para Freire, o objetivo maior da educação é
conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da
sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da
própria libertação.
Ao propor uma prática de sala de aula que
pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino
oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as “escolas burguesas”) que
ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como
quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras
palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores.
Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do
que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. “Sua tônica
fundamental reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito
investigador, a criatividade”. Ele dizia que a escola conservadora procura
acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção
de inquietá-los.
Freire criticava a ideia de que ensinar é
transmitir saber porque, para ele, a missão do professor era possibilitar a
criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de
que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o
auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e
informativo – portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o
pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a
conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire pontuava que ninguém
ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. Acreditava
que “os homens se educam entre si mediados pelo mundo”, isso implica um
princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega
à escola levando uma cultura que não é a melhor nem a pior do que a do
professor.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar
mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o
mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a
realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la).
A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que
chamou de “cultura do silêncio” e transformar a realidade, “como sujeitos da
própria história”.
No conjunto do pensamento de Paulo Freire
encontra-se a ideia de que tudo está em permanente transformação e interação.
Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como “histórico e
inacabado” e consequentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos
professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente.
Freire dizia, numa frase famosa, que “o mundo não é, o mundo está sendo”.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Sejam Bem-Vindos!
O Blog Química Nossa de Cada Dia, está disponível para que você esteja por dentro do mundo químico, e das atualidades deste universo de conhecimento!!
Assinar:
Postagens (Atom)