quinta-feira, 11 de julho de 2013

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

- ÉMILE DURKHEIM – o pai da sociologia da educação
Émile Durkheim acreditava que a construção do ser social – feita em boa parte pela educação – é a absorção feita pelo indivíduo de uma série normas e princípios (morais, religiosos, éticos, etc.) que determinam o seu comportamento na sociedade. A educação, segundo o sociólogo, era considerada um fato social; pelo qual o individuo era coagido, a fim de integrar-se ao sistema social do meio em que vive, conhecendo suas origens e sua interdependência. Mas, para isso, o indivíduo precisava ir à escola, para internalizar conhecimentos.
Para Durkheim, a criança quando é orientada por um professor bem instruído, preparado e dominador das circunstâncias, consegue assimilar melhor os conhecimentos.

- MARIA MONTESSORI – médica e educadora que valorizou o aluno
Para Montessori, o aluno, é um ser dotado de individualidade, atividade e liberdade, sendo dessa forma o sujeito e o objeto no processo de ensino-aprendizagem. Ela não era adepta das salas de aula tradicionais, onde as crianças pareciam ficar presas no mesmo lugar. A médica, acreditava que as crianças aprendiam melhor ficam espalhadas sozinhas, ou em pequenos grupos com os professores junto a elas, observando e auxiliando no que fosse preciso.
O método de aprendizagem criado por Maria Montessori baseia-se do concreto para o abstrato, onde as crianças, utilizando a observação, podem descobrir e procurar novos conhecimentos. Logo, a médica italiana elaborou uma enorme quantidade de jogos e materiais pedagógicos que são utilizados, ainda hoje, com pequenas variações, por milhares de escolas de educação infantil do mundo inteiro.
  
- JEAN PIAGET – o pai da epistemologia genética
O biólogo Jean Piaget aprofundou seus estudos na observação científica rigorosa do processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Considerado o pai da epistemologia genética, Piaget estudou as concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, pregando sua teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança.
Para este cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz, sendo assim, a sua teoria baseava na corrente construtivista, no qual o aluno constrói seu aprendizado, e para Piaget o ato de educar, é “provocar a atividade”, ou seja, estimular a procura do conhecimento.
            Segundo Jean Piaget, existe quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo. O primeiro é o estágio sensório-motor (do nascimento até os 2 anos de idade), nessa fase as crianças adquirem a capacidade de administrar seus reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. O segundo é o estágio pré-operacional (de 2 a 7 anos) que se caracteriza pelo surgimento da capacidade de dominar a linguagem e a representação do mundo através de símbolos. O estágio das operações concretas (dos 7 aos 11 ou 12 anos), refere-se a aquisição da noção de reversibilidade das ações, a criança já consegue dominar conceitos de tempo e de número. E por fim o quarto estágio que é o das operações formais (dos 12 anos em diante), que marca o início da idade adulta em termos cognitivos, o adolescente passa a ter domínio do pensamento lógico e dedutivo.
            Por fim, a obra de Jean Piaget, nos leva à conclusão de que o ato de educar crianças não se refere à transmissão de conteúdos, e sim favorecer a atividade mental do aluno, e seus estudos, ajudam os professores a tornar mais eficientes seus trabalhos.

- LEV VYGOTSKY – o teórico do ensino como processo social.
Vygotsky usou a dialética marxista para sua teoria de aprendizado, mas sua análise da importância da esfera social no desenvolvimento intelectual era criticada por não se basear na luta de classes, como se tornara obrigatório na produção cientifica soviética.
Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
Surge da ênfase no social uma oposição teórica em relação ao biológico de Jean Piaget, que também se dedicou ao tema da evolução da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a conclusões que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais. Vygotsky, que, embora discordasse de Piaget, admirava seu trabalho.
Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor – ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é possível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente significativa.
Segundo Vygotsky, apenas as funções psicológicas elementares se caracterizam como reflexos. Os processos psicológicos mais complexos (consciência e o discernimento) – ou funções psicológicas que diferenciam os humanos dos outros animais – só se formam e se desenvolvem pelo aprendizado.
Outro conceito-chave de Vygotsky é a mediação. Todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola, facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um procedimento, a criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.
  
- PAULO FREIRE – o mentor da educação para o consciência: o mais célebre educador brasileiro.
Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação.
Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as “escolas burguesas”) que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, mas não menos ideologizada do que a que ele propunha para despertar a consciência dos oprimidos. “Sua tônica fundamental reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”. Ele dizia que a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber porque, para ele, a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Mas ele não comungava da concepção de que o aluno precisa apenas de que lhe sejam facilitadas as condições para o auto-aprendizado. Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo – portanto, ele não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Freire pontuava que ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. Acreditava que “os homens se educam entre si mediados pelo mundo”, isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é a melhor nem a pior do que a do professor.
O método Paulo Freire não visa apenas tornar mais rápido e acessível o aprendizado, mas pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, na expressão famosa do educador. “Trata-se de aprender a ler a realidade (conhecê-la) para em seguida poder reescrever essa realidade (transformá-la). A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de “cultura do silêncio” e transformar a realidade, “como sujeitos da própria história”.
No conjunto do pensamento de Paulo Freire encontra-se a ideia de que tudo está em permanente transformação e interação. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como “histórico e inacabado” e consequentemente sempre pronto a aprender. No caso particular dos professores, isso se reflete na necessidade de formação rigorosa e permanente. Freire dizia, numa frase famosa, que “o mundo não é, o mundo está sendo”.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

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